terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Charles Dickens: Um Conto de Natal 09

Um Conto de Natal


Charles Dickens

09



TERCEIRA ESTROFE  
O segundo dos três espíritos 


Agora, a noite descera e a neve caía em flocos. Era maravilhoso o espetáculo que se gozava, da rua, vendo-se as labaredas que saíam das cozinhas e das salas de jantar. Aqui, as claras luzes iluminavam os aprestos para um confortável lanche, os pratos aquecidos diante do fogão, as grandes cortinas grená, que bastaria fechá-las para impedir a entrada ao frio e à escuridão. Além, todas as crianças da casa precipitavam-se para fora, na neve, ao encontro de seus irmãos casados, de seus tios e tias, para serem os primeiros a recebê-los. 

Através das cortinas fechadas, viam-se as silhuetas dos convidados reunidos. Mais adiante, um grupo de belas jovens, toucadas e calçadas com botinas forradas de pele, dirigiam-se festivamente, palrando todas a um tempo, à casa de algum vizinho. Ai do celibatário que as visse entrar (elas bem o sabiam, as finórias) com os olhos risonhos e as faces coradas pelo frio! 

A julgar pelo número de pessoas que se dirigiam para reuniões amistosas, poder-se-ia perguntar quem ficaria em casa para recebê-los. Ora, ao contrário, em toda parte se esperavam hóspedes, por toda parte se enchiam de carvão as lareiras até em cima. 

Oh! Como o Espírito exultava! Como abria a sua grande mão e espalhava generosamente sua alegria sã e transbordante sobre todos que passavam ao seu alcance! O acendedor de lampiões, que corria adiante, pontilhando a escura rua com pequenos focos luminosos, e que se tinha arrumado para ir gozar em companhia dos demais, desatou a rir gostosamente, quando o fantasma passou perto dele, embora estivesse o pobre acendedor longe de imaginar que era o próprio espírito do Natal em pessoa que acabava de tocá-lo. 

Subitamente, sem que tivesse recebido de seu companheiro o menor aviso, ambos se acharam numa região deserta, que mais parecia um cemitério de gigantes, pela enorme quantidade de blocos de pedra ali existentes. 

A água aparecia à flor do solo, por toda a parte onde lhe aprouvesse, ou, melhor, ela teria aparecido, se o gelo não continuasse a tê-la retida. 

 Cresciam ali apenas a grama e o junco, uma grama espessa e agressiva. 

A oeste, o sol poente havia deixado um rastro vermelho, que brilhou por instantes, como um olho zangado, e que depois se foi apagando, até extinguir-se de todo, nas trevas de uma noite opaca. 

– Onde estamos? – perguntou Scrooge. 

– Na região dos mineiros, daqueles que trabalham nas entranhas da terra, – respondeu o espírito. Eles também me conhecem. Olha! 

Uma luz brilhava na janela de uma cabana. Ambos se dirigiram para aquela direção, e passando através da taipa, deparou-se-lhes um numeroso agrupamento reunido em torno de um belo e vivo fogo. 

Havia ali um velho curvado pelos anos e sua esposa com seus filhos e os filhos de seus filhos, e ainda outra geração, todos vestidos com seus trajos de festa. O velho, com uma voz que mal dominava o assobio do vento que zunia no deserto, cantava um cântico de natal – um cântico já bem antigo, de quando o bom velhinho ainda era criança, e, de quando em quando, toda a família repetia o refrão. 

Cada vez que os filhos cantavam com ele, o velho parecia sorrir, e sua voz fazia-se mais sonora; mas, desde que se calavam, seu entusiasmo arrefecia e sua voz fazia-se novamente mais surda. 


O espírito não se demorou neste local. Convidando Scrooge a segurar-se em seu manto, elevou-se nos ares, deixou aquela charneca e atirou-se – mas para onde?... não sobre o mar?... Sim, por certo, por sobre o mar. 

Voltando a cabeça, Scrooge viu com indizível terror, que deixavam atrás de si a costa e suas selvagens penedias; ao mesmo tempo, era aturdido pelo fragor das vagas que rolavam e rugiam, abismando-se raivosamente nas sombrias cavernas que tinham cavado como se porfiassem em minar a praia. 

Sobre um isolado recife, batido pelas vagas durante todo o ano, a uma légua aproximadamente da terra firme, erguia-se um farol solitário. Uma espessa camada de algas alcatifava-lhe a base, e as gaivotas, que parecem nascer do vento como as algas do mar, voavam em torno dele, elevando-se e mergulhando ao ritmo das vagas que elas apenas afloravam. 

Também lá, os dois guardas do farol haviam ateado uma fogueira, e através de uma abertura praticada na espessa muralha, a claridade da chama projetava no oceano raivoso um reflexo de alegria. 

Apertando-se as mãos calejadas por sobre a tosca mesa diante da qual se achavam sentados, os dois homens trocaram mútuos votos de Feliz Natal antes de beber o seu grog. Depois, um deles, o mais idoso, cujo rosto era sulcado pelas intempéries, como figuras esculpidas na proa dos antigos navios, entrou a cantar uma canção de marinheiro, impetuosa como um vendaval. 

Novamente, o espírito retomou seu voo por cima do mar sombrio e revolto, prosseguindo até ao momento em que, já longe de toda costa, foi pousar com seu companheiro sobre um navio. 

Ali, visitaram um por um, o timoneiro em seu leme, o vigia de proa e os oficiais de guarda; poucos minutos depois, tinham sido visitados todos os marinheiros que se achavam em serviço, cada um em seu respectivo posto. 

Ora, não havia um só destes homens que não estivesse a cantar alguma cantiga de Natal ou não pensasse no Natal, ou mesmo não estivesse a conversar com alguns dos seus companheiros sobre algum Natal passado, lembrando-se dos recantos que gostariam de tornar a ver. Nenhum destes homens, a bordo, bom ou mau, tinha deixado de ter para com seus companheiros alguma palavra mais cordialmente afetuosa. Uns e outros haviam, até certo ponto, participado da alegria desta festa, e, pensando em suas famílias distantes, sentiam um doce prazer ao se lembrarem de que, naquele mesmo instante, parentes e amigos lhe enviavam algum pensamento de saudade através do oceano. 

Scrooge, ao mesmo tempo em que ouvia o gemer do vento, pensava quanto era fantástico deslizar assim dentro da noite deserta e acima dos abismos insondáveis das águas. De súbito, sentiu-se extremamente surpreendido ao ouvir perto de si uma sonora gargalhada, mas ainda mais surpreendido ficou quando viu que tal gargalhada era de seu sobrinho, e que ele próprio se encontrava na sala clara, tépida e alegre, sempre em companhia do espírito. Este contemplava o sobrinho de Scrooge com uma expressão cheia de simpatia e benevolência. 

– Ah! ah! ah! – ria o sobrinho de Scrooge. Ah! ah! ali! 

Se por um acaso absurdo, algum de vocês encontrar um dia uma pessoa que ria com mais entusiasmo que o sobrinho de Scrooge, diga-me logo, que eu terei todo o prazer em procurar conhecê-la. 

Observemos, de passagem, que, se a doença e a tristeza são facilmente contagiosas, também, por uma justa compensação das coisas deste mundo, nada há de mais irresistivelmente contagioso que a risada e o bom-humor. 

Enquanto o sobrinho de Scrooge ria a bom rir, a cabeça dobrada para trás e o rosto convulsionado, a sobrinha de Scrooge – sobrinha por afinidade – ria também às gargalhadas, e todos que estavam na companhia deles riam do mesmo modo, para não ficarem atrás. 

– Ah! ah! ah! Ah! ah! ah! 

-–Tão verdade como eu estar aqui presente, – dizia o sobrinho de Scrooge, ter-me dito ele que o Natal é uma tolice, e parecia dizê-lo com convicção. 

– Isso não deixa de ser ainda mais vergonhoso para ele, Fred! – declarou a sobrinha de Scrooge com ar revoltado. 

Não há como as mulheres para exprimir seus pensamentos com mais energia: elas não dizem nada pela metade! 

A sobrinha de Scrooge era encantadora, notavelmente encantadora: uma carinha adorável, faces rechonchudas, uma expressão de ingenuidade, uma boca rubra, feita para os beijos; no queixo, umas covinhas que se fundiam uma na outra quando ria; para completar, os olhos mais luminosos que jamais se tenham visto em rostos de menina. Seu encanto tinha qualquer coisa de aliciante, digamos mesmo de provocante, o que a tornava ainda mais sedutora. 

– É um velho manhoso, certamente, – tornou o sobrinho, e bem pouco amável; mas seus defeitos terão seu respectivo castigo, e não serei eu quem lhe venha atirar a primeira pedra. 

– Ele é riquíssimo, não é verdade? – insinuou a sobrinha. Pelo menos, foi o que você sempre me disse. 

– Que importa a sua fortuna, querida, – respondeu o marido, uma vez que ela não lhe serve para nada? Não se utiliza dela para praticar o bem, não tira dela nenhum proveito para si mesmo, nem mesmo tem a satisfação de pensar – ah! ah! ah! – que um dia nos fez o menor benefício com o seu dinheiro. 

– Pois bem: eu não quero aturá-lo! – declarou a sobrinha de Scrooge. E suas irmãs, e todas as damas presentes foram da mesma opinião. 

– Eu já sou menos severo que vocês, – disse o sobrinho; eu lamento que ele possua um caráter assim, mas sou incapaz de querer-lhe mal por isso. Quem sofre as conseqüências do seu humor atrabiliário não é ele? Já que se lhe meteu na cabeça querer detestarmos e recusar nosso convite, qual é o resultado? Talvez não perca um famoso jantar... 

– Ora esta! Eu acho que ele perdeu um ótimo jantar! – interrompeu sua esposa, e todos fizeram coro. 

É necessário convir em que eles eram bons juízes, pois que estavam terminando o jantar. A sobremesa foi servida, e todos os convidados se haviam agrupado em torno do fogo, à claridade do lume. 

– Tanto melhor! – disse o sobrinho, estou encantado de o saber, pois não tenho muita confiança na habilidade destas jovens donas de casa. Que diz a isto, Topper? 

Topper – era visível – já tinha lançado as vistas sobre uma das irmãs da sobrinha de Scrooge. 

Assim, respondeu que um celibatário não passava de um miserável pária, e que não tinha o direito de se manifestar neste assunto. A isto, a irmã da sobrinha de Scrooge ( a mocinha rechonchuda, com uma gola de renda) fez-se vermelha como uma rosa. 

– Acabe, Fred! – exclamou a sobrinha de Scrooge, batendo palmas. Ele nunca termina de contar as coisas! Isso é ridículo! 

O sobrinho de Scrooge entrou a gargalhar novamente, e como não havia meio de fugir ao contágio, a irmãzinha rechonchuda procurou evitá-lo respirando vinagre aromático, sendo seu exemplo seguido por todos. 

– Eu , ia dizer simplesmente, – tornou o sobrinho de Scrooge, que, ao nos mostrar antipatia e recusando-se a reunir-se a nós, ele próprio se priva de alguns momentos agradáveis, que só lhe poderiam fazer bem. Teria encontrado aqui uma companhia mais agradável do que aquela que lhe oferecem seus próprios pensamentos em seu velho e mofado escritório ou em seu empoeirado apartamento. É meu propósito renovar-lhe todos os anos o mesmo convite, seja-lhe agradável ou não, pois tenho pena dele. Ele que zombe do Natal até ao seu último dia, mas posso apostar que refletirá melhor quando me vir todos os anos voltar com o mesmo humor para lhe dizer: “Bom dia, tio Scrooge, como vai?” Se com isso conseguir inspirar-lhe a ideia de deixar ao seu pobre empregado pelo menos cinqüenta libras, já me dou por muito bem pago. Assim mesmo, parece-me que consegui comovê-lo um pouco, ontem à noite. 

A ideia de que tivesse podido comover a Scrooge despertou uma geral hilaridade. 

Como Fred possuía temperamento jovial e se empenhava em fazer rir seus convidados, ainda mais lhes estimulou a alegria, enchendo-lhes novamente os copos. 

Depois do chá, organizaram uma sessão de música, pois todos na família eram músicos e formavam esplêndido conjunto para cantar canções e rondéis. 

Topper, especialmente, sabia fazer vibrar sua voz sem precisar inchar as veias da testa ou ficar com o rosto congestionado. 

A sobrinha de Scrooge dedilhava a harpa com doçura, executando, entre outras, uma melodia simplicíssima, que qualquer pessoa, em dois minutos, aprenderia a assobiar. 

Ora, era esta exatamente a ária favorita da menina que outrora tinha ido ao colégio buscar Scrooge, como lhe mostrara o fantasma dos Natais passados. 

Enquanto a moça tocava a harpa, tudo que este fantasma havia mostrado a Scrooge lhe reaparecia diante dos olhos. Cada vez mais emocionado, acudiu-lhe ao pensamento que, se tivesse podido noutros tempos ouvir com mais freqüência esta melodia, teria aprendido, sem dúvida, a cultivar as doces alegrias familiares, para sua própria felicidade e não iria, como Jacob Marley, para a pá do coveiro no meio da indiferença de todos. 

Mas a tarde não foi toda passada somente em números musicais. 

Ao cabo de certo tempo, puseram-se a brincar de outras coisas, pois é bom, de quando em quando, voltar-se aos tempos de criança, especialmente no Natal, festa cujo próprio divino Fundador é uma criança. 

Bem, ei-los que começam pelo brinquedo da cabra-cega. 

Era inevitável! Mas não me venham dizer que Topper estava honestamente com os olhos fechados. Na minha opinião, ele estava mancomunado com o sobrinho de Scrooge. O espírito do Natal presente sabia disso muito bem... 

O modo como Topper está perseguindo a mocinha rechonchuda é um desafio à credulidade humana. 

Ele derruba o guarda-fogo, arrasta as cadeiras, bate contra o piano, enrola-se nas cortinas, mas a toda parte aonde ela vai, ele vai. Ele sabe sempre onde está a mocinha rechonchuda; não quer pegar nenhuma outra pessoa. Você pode ficar de propósito diante dele, como se usa fazer: ele finge por momento querer pegá-lo, mas com um desajeitamento que envergonha a inteligência humana. Em seguida, prossegue na direção onde se encontra a irmãzinha rechonchuda. 

“Assim não vale!” – reclama, ela muitas vezes, e ela tem toda razão. Quando, finalmente, ele consegue pegá-la, quando, apesar de sua fuga rápida e acompanhada do frufru das sedas, consegue conduzi-la a um canto, de onde ela não pode mais sair, então sua conduta se torna simplesmente abominável: sob o pretexto de não saber quem é, permite-se tocar em seus cabelos, mexer num anel que ela tem no dedo, pegar numa correntinha que ela trás ao pescoço – em suma, toma todas as liberdades escandalosas! Não há dúvida, a irmãzinha rechonchuda não deixa de lhe dizer o que pensa disso tudo, agora que ambos têm uma conversa confidencial no peitoril da janela, depois que o lenço passou para as mãos de outro jogador. 

A sobrinha de Scrooge não brincava de cabra-cega. 

Ficara confortavelmente sentada numa poltrona, a um canto da sala exatamente onde estavam o espírito e Scrooge. Ela tomou parte em outros brinquedos, e respondeu admiravelmente à pergunta “como gosta dele?”, conseguindo amá-lo com todas as letras do alfabeto; do mesmo modo, fez maravilhas nas adivinhações “Onde?’, “Como?” e “Quando?” Com secreta alegria a sobrinha de Scrooge venceu galhardamente as suas próprias irmãs, e entretanto, estas não eram tolas. Topper que o diga. 


Havia ali umas vinte pessoas, entre moços e velhos, e todas tomavam parte nos divertimentos, que o próprio Scrooge ficou entusiasmado. Esquecendo-se – tanto lhe interessavam aqueles jogos – que sua voz não podia ser ouvida, respondia em voz alta às adivinhações lançadas. Sucedia acertar sempre, pois a melhor agulha de Whitechapel não era mais fina que ele, apesar da expressão idiota que gostava de mostrar, para despistar as pessoas. 

O espírito estava encantado de vê-lo de tão bom humor, e observava-o com tanta benevolência, que Scrooge, como se fosse uma criança, perguntou se podia ficar até que os convidados se retirassem. 

Mas o fantasma respondeu que era impossível. 

– Estão começando um novo jogo, – insistiu Scrooge. Só meia hora, espírito, apenas meia horinha. Era um jogo chamado “Sim e Não”. 

O sobrinho de Scrooge devia pensar em uma coisa e fazê-la adivinhar aos presentes, mas, respondendo às suas perguntas apenas com um “sim” ou um “não”. De pergunta em pergunta, chegaram à conclusão de que ele pensava num animal. Que era um animal vivo, um animal desagradável, um animal bravio, um animal que grunhia e urrava, que também falava, que vivia em Londres, que andava pelas ruas, que não era exposto com entrada paga, que não era levado pelo cabresto, que não vivia em alguma jaula, que não se levava para o matadouro, que este animal não era nem um cavalo, nem um burro, nem uma vaca, nem um touro, nem um tigre, nem um cão, nem um porco, nem um gato e nem um urso. A cada pergunta, o patife do sobrinho de Scrooge estourava em nova gargalhada. Sua hilaridade tornou-se mesmo tão violenta, que se viu obrigado a levantar-se do sofá onde estava sentado para sapatear no soalho. 

Por fim, a irmãzinha rechonchuda, desatando numa formidável gargalhada, exclamou vitoriosa: 

– Eureca! Fred! Eureca! Achei! 

– Então, o que é? 

– É o teu tio Scroo-oo-oo-oo-ge! 

Era de fato isso, e todo mundo aplaudiu ruidosamente. 

Entretanto, algumas pessoas notaram que à pergunta “é um urso?”, ele esteve a ponto de responder “sim”, visto que neste caso, uma resposta negativa teria podido desviar o pensamento deles para longe do tio Scrooge. 

– Ele contribuiu galhardamente para nos divertir, – observou Fred, e seria a mais negra ingratidão não bebermos à sua saúde. Eis que neste instante chega mesmo a propósito o gostoso vinho quente. Assim, pois, à saúde do tio Scrooge! 

– Ótimo! A saúde do tio Scrooge! – exclamaram todos. 

– Um feliz Natal e um feliz ano novo a este querido cavalheiro! – exclamou o sobrinho de Scrooge. Que este voto, que ele não aceitará de mim, possa ser para ele o portador de mil felicidades! Portanto, à saúde do tio Scrooge! 

Tio Scrooge tinha tomado, pouco a pouco, tanto apego àquela festa e sentido tanta satisfação por ela, que teria justificado de bom grado o brinde, e feito a todos os presentes, que não podiam ouvi-lo, um discurso de agradecimento, se o fantasma lhe tivesse deixado tempo para tanto. Mas, às últimas palavras do sobrinho, toda a cena se desvaneceu, e Scrooge partiu com o espírito para novas peregrinações.




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