sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Histórias de avoinha: As Casa do Comércio na Villa 7


Ensaio 32B – 2ª edição 1ª reimpressão


baitasar


As noites mais procurada na taberna dos moiado do Gaspá era a quarta depois da dominguêra. O atrativo era o jogo do osso. Jogo de sorte e infelicidade, mais qui também dependia do jeito de lançá o osso. Uma atração boa, mais em nada superiô aos atrativo das otras noite.

O sucesso da quarta noite tinha muito qui agradecê ao recolhimento da castidade do corpo e das reza fervorosa na dominguêra. As intenção de santidade durava das manhã do domingo inté a noite do osso. Quando as imperfeição da vida rompia com a perfeição da castidade caseira. O deleite pecante cortava as amarra. Era o tempo de chocá a paciência e esperá o arrependimento do penitente na próxima dominguêra.

O vivente pecante entrava Villa a dentro buscando da terra amaldiçoada e desconhecida do malfeito a sua rendição. Caçava a abertura do galpão e a manada desamparada do bom pasto. A vida da vida pode sê uma viagem ao redô do medo, resignada, lição cansada e mal escutada, um pouco afogada pelo tempo. E pode não sê nada, só vida qui não tem cura.

Na quinta noite, os convidado ficava reunido na mesa do carteado. O gritedo do jogo do osso era mudado para o feitio de jogá em silêncio. Era preciso observá e pensá as adivinhação de quem tava blefando ou tava forte nas carta de mão. Não é jogo de criancinha. Quem entrava, se tava ganhando, não podia levantá inté o perdedô desistí de revê o qui tinha perdido. O arruinado ficava de tentação em tentação agarrado na próxima jogada. As amarra da vitória vai ganhá soltura? Mudará de lado? E o barqueiro da fartura vai sorrí no seu cais?

O perdedô acredita qui não vai perdê pra sempre.

Os amigo do Gaspá sem os cuidado de não emprobecê era cuidado com rigô. Ele era testemunha de tudo e o juiz. Quando o perigo do fantasma da bancarrota ameaçava desabá, ele virava o anjo da guarda qui dava o siná pra colocá o desorientado no rumo da casa

Perder os ovos do galinheiro não é o mesmo que perder as galinhas e o galinheiro... rapaz, ocê precisa colocá o juízo e a cabeça no travesseiro.

Os instrumento de marcá o tempo da jogatina era as estrela. O jogo do carteado ia inté a escuridão da noite desaparecê com o saimento das estrela, antes do amanhecido se firmá. Quando um qui otro jogadô ameaçava não querê saí, desembestado de querê continuá depenando o perdido, na sua frente, o espanolito era chamado. Os cativo da jogatina tinha qui pará e escutá a conversa do Gaspá. Ele falava qui tudo precisa se terminá inté o amanhece, e parava, respirava entre uma ou duas tragada do paiêro

Meus amigos, tudo tem ordenação e aconselhamento. Pensem comigo: o sol aparece durante o dia, as estrelas à noite, nesse andamento da conversa, as carta já tava recolhida e amontoada na mesa, tudo tinha parado pra escutá o Gaspá, se ocês estão querendo ver o sol à noite, vão deixá de apreciar as estrelas, ninguém mostrava gosto de se mexê; otra parada, otra tragada, o nevoêro qui saia do peito do tabernêro cercava tudo, e se ocês olharem para o céu procurando as estrelas, durante o dia, vão perder as coisas boas do sol. É simples. É assim. O galpão do Gaspar abre com as estrelas e fecha antes da aparição do sol. E se os amigos não entenderem isso, ficarão sem as estrelas da próxima noite. Vão para casa, meus amigos, todos precisamos assentá a cabeça. E fazer as contas.

As palavra do espanolito mais a forma dele sabê convencê qui na maré de subida o barco precisa saí, nunca lhe obrigô usá mais qui a voz pra modo de sê acatado. Ele era uma sólida porta de entrada e saída da jogatina

O sinhô é muito amável.

É isso... está na hora de paramos.

Voltem sempre, mas é hora de atenderem ao chamado das suas casas.

Na sexta noite, as atração não era a jogatina qui não parava, mais os encanto amoroso. A noite dos sonho. As donzela era cedida pela Maria Cobra, dona da Casa dos 7 Pecado. O Gaspá ajeitava o bailado. Não cansava. Não se deixava cansá. Não tinha piedade do próprio corpo. As regra era dura e firme: as menina podia aceitá intimidade qui fosse das mão, mais o arremate precisava sê feito na Casa dos 7 Pecado, melhó abastecida com os arreio, os cavalo de sela e as louça, tudo preparado pra acalmá as força do apego.

O galpão dos fundo foi o primeiro clube de divertimento barato, sabido, apreciado e liberal da Villa. Ele existiu sem existí. Um crime necessário como tanto otro. As divergência de interesse podia sê resolvida com doação e reza. Generosidade e caridade. O Gaspá nunca perdeu uma dominguêra nem a vêiz de ajoelhá no confessionário. Achava bão confessá um segredo qui ia continuá segredo

Sinhô Padre, não vamos entrá num conflito sem necessidade. Um fim de mundo sem divertimento é apenas uma terra fronteiriça, um povoamento de machos e fêmeas. E de mais a mais, se não existir o pecador, não temos necessidade da igreja. A santidade não precisa ter um lugar, ela tá em todo lugar, é tudo santo.

Deus lhe abençoe, meu filho. Nosso Sinhô há de lhe perdoar, mas reze 7 Ave Maria e 7 Pai Nosso, por cada dia que o seu comércio fica aberto. E pense melhor os oferecimento de divertimento da sua casa, nossa Villa sem igreja não é uma vila, mas apenas um fim de mundo.

Eles sabia e conhecia tanto as força do vento quanto à eficácia e a calmaria do tempo, nenhum descuidava das aparência.

A Casa dos Molhado tinha destilado, vinho, jogo do osso, mesa do carteado e encontro amoroso. Não tinha o refúgio da alcova. Esse serviço era concentrado na casa de alcance da Maria Cobra e nas cercania das ruas da praia. Os dois gostava de gabá as duas casa. Eles tinha uma confraria qui não permitia, nem pouco nem muito, comentário sobre os visitante casual, muito menos, qualqué fofoca sobre os visitadô amiudado. A difamação não era um serviço das duas casa. Isso de enternecê, impressioná e julgá, em nome do Siô, ficava pra sê feito depois das dominguêra. Assustava os dois, como as pessoa do bem esqueceu a ternura do jovem Siô. A igreja do Pedro qui renegô o jovem Siô continuava esperando o galo fazê a sua cantoria, mais ele não cantô, então, a negação continua. Acho inté qui o Siô já sabia, talvez, não porque fosse Filho de Deus, mais porque conhecia o homem e a mulher, melhó qui a ele mesmo, quando anunciô a subida das pedra da Igreja em cima da pedra da negação de Pedro. O caminho ia continuá difícil.

O espanolito conheceu otras casa qui oferecia as mesma utilidade, mais sem o atendimento, o divertimento e o resguardo qui os dois telhêro oferecia. No causo da Casa dos Molhado tinha inté fogo de chão pra esquentá o mate. As moça pra noite dos encontro amoroso era escolhida oiando direto nas vista e apontando o dedo. Não queria nenhuma mocinha de pouco uso.

O siô Afonso da Hora atendeu ao convite e entrô na Casa dos Molhado, mais avisô qui era só um dedo de prosa e otro da branquinha especial do Gaspá. Os dois se oiô com sorriso de entendimento e tolerância. Era assim qui sempre foi e tinha qui continuá sendo: uma mão lava a otra, as duas lava a cara. O Gaspá deu uma puxada no paiêro, fez avivá a brasa da ponta e colocô ele apoiado no balcão, depois soltô quase toda a fumaça colorida de chumbo qui tinha no peito. Ergueu as duas mão acima da cabeça e abriu o sorriso maió qui tinha

Sinhô Afonso da Hora saiba que é mui honroso para essa humilde casa de muitos divertimentos lhe receber. Uma pena que o sinhô não pode comparecer no último serão, a noite das meninas, o siô da Hora agradeceu a hospitalidade daquele acolhimento com uma pequena inclinação da cabeça

Não faltará oportunidade, meu amigo.

O tabernêro inclinô-se atrás do balcão. O paiêro queimando. Voltô com dois copo mais o vidro com a pinga especial, foi uma pena o sinhô não ter visto com os próprios olhos. Nenhuma donzela. Maria Cobra fez as escolha no propósito do meu agrado. Não quero as donzelas, são muito metidas com o choro e pouco compromisso com os serviços do divertimento, derramô a destilada nos dois copo e ofereceu um pro siô da Hora com a mão do coração, cacoete de oferecê o mate, leva tempo para ensinar as boas maneiras que os convidados esperam elas, o siô da Hora ergueu o seu copo na direção do Gaspá, depois inté a boca, tomô numa talagada e lhe retrucô

O amigo diz isso porque nunca tratou de se enfiar em uma negrinha toda assustada. O branco dos olhos revirados. A boca escancarada, sem barulhos. Em silêncio. O relho na altura das vistas. Vou lhe confessar, o vivente fica com uma fúria que se precipita em usar o cravo na ferradura. Ela sabe que se gritar não terá ajuda, mas receberá o castigo da empunhadura do relho, o tabernêro tornô a derramá a pinga transparente nos dois copo

Essas apertadinhas são as melhores, o Gaspá empurrô o copo na direção do siô da Hora, o riso soltô-se da cara e esparramô pelo salão

Minha vontade, Gaspar... não têm como irem contra. Eu mando, não peço. A putinha que demora para aprender a lição da obediência recebe o castigo que educa melhor que todas as palavras do mundo. As negrinhas tremem, Gaspar! É bonito de ver...

E o que o sinhô acha do uso que faço desse dedo?

O siô da Hora notô qui o tabernêro parecia com mais rouquidão, desde a última prosa qui eles havia tido um com o otro. As palavra dita pelo amigo parecia mais desnivelada e crespa, vêiz qui otra, ele precisava acalmá a tosse com uma longa tragada. Apesá do repuxo e dos esguicho da voz, ele aparentava tá normal como sempre teve. Não parecia qui morria de algum mal, pelo menos, naquele dia, parecia pleno e robusto, um homê qui não tinha do qui se queixá da vida

E essa finura toda, Gaspar? O vivente resolveu virar lasca de polegada?

É verdade, sinhô da Hora. Parece que as extravagâncias do apetite me abandonaram, depois do dito, enfiô o dedo varapau apelidado como o maió de todos, o terceiro dos cinco, no copo da destilada e levô na boca. Chupô com um estalo de contentamento. O maió tava sempre com a unha mais crescida de todas. Ele mostrava nos cuidado das unha qui tinha feitio de pouco caso com a limpeza do corpo. Apontô o dedo pro siô da Hora e não conteve a vontade de dizê glória de si mesmo.

Na Villa, as aparência e os fingimento dava mais valô se o aparentado soubesse dizê mais do qui a feitura feita; mostrá como obra feita o qui tava ainda pra começá, mesmo qui a intenção fosse começá pra não terminá. O mais prestigiado parecia sê decente, dedicado e honesto, mais era tudo contrabandista de escravo, uns a mais, otros a menos, mais eles gostava da servidão qui comprava quando pagava pra tê as máquina feita com alma, com direito apenas à vida.

O Gaspá lembrô do paiêro queimando do jeito qui foi largado no balcão. Pegô o fumegante e tragô fundo, assoprô quase toda fumação do peito. Uma ventania de tabaco. Ergueu o maió de todos, a unha parecia rasgá aquela fina camada de vapô e tabaco. Limpô a garganta antes de mostrá os encanto da sua diversão

Esse não fraqueja!


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